Na Dieta Chinesa a regra é respeitar o processo digestivo. Para isso é preciso saber que cada grupo de alimento é digerido num determinado meio: os carboidratos, por exemplo, são digeridos em meio alcalino, isto é, na boca e no duodeno; já as proteínas em meio ácido, ou seja, no estômago; e as gorduras em ambos os órgãos. Seguindo esses princípios é possível equilibrar todas as funções do organismo, entre elas regular o sono, melhorar a disposição e o bom humor, a agilidade de raciocínio e a consolidação de memória, regular o intestino (considerado pelos chineses o nosso segundo cérebro devido à quantidade de neurotransmissores que nele é produzido) e, como consequência, a perda de peso.
• Quando se mistura carboidrato e proteína numa mesma refeição o tempo de digestão praticamente triplica, trazendo aquela sensação de mal-estar, sonolência e formação de gases, entre outras. Além disso, essa combinação rouba energia livre e dá condições para que a gordura se armazene no seu corpo.
• Em determinados casos, de acordo com o objectivo (perder peso, regularizar a digestão, etc) e a velocidade de metabolismo até se pode consumir os alimentos numa mesma refeição. Porém, deve-se respeitar a hierarquia do processo digestivo. O primeiro prato deve ser o carboidrato, o segundo rico em proteínas, legumes e verduras e, por último, a salada, que tem o papel de ‘limpar’ o organismo.
Além do processo digestivo, deve-se respeitar também os diversos hormonas que estão presentes no organismo e seus horários.
Veja o que é mais indicado de acordo com a refeição:
• Pequeno Almoço: carboidratos complexos (integrais), já que quando acordamos a hormona do cortisol está elevado e esses alimentos diminuem o seu nível.
• Lanche da manhã e da tarde: é a melhor hora para ingerir frutas. A maioria delas tem índice glicémico baixo, não permitindo que haja altas secreções de insulina, hormona que em parceria com o cortisol forma as gorduras indesejáveis.
• Almoço: a prioridade é proteína, por ser um nutriente que se digere em meio ácido. Não deve ser consumido com nenhum amido como, por exemplo pães, massas e arroz, já que são digeridos em meio alcalino, o que dificulta a digestão, rouba energia do próprio organismo e ainda produz toxinas.
• Jantar: o ideal são os carboidratos, que abrem o caminho para a melatonina, hormona responsável pelo sono. Isso significa que ingerir esse nutriente nesse horário é ideal. No entanto, esse tipo de alimento deve ser consumo até 4 horas antes de dormir, no máximo, para que não haja comprometimento na libertação da hormona do crescimento (o cortisol).
• Ceia: é a última refeição do dia e por isso é bem importante. Deve ser feita com proteína vegetal, tipo soja, castanhas, nozes e amêndoas (mas atenção: essas três últimas têm alto teor calórico, seja moderado). O motivo é simples: nas primeiras horas de sono há uma grande libertação da hormona do crescimento e a proteína não interfere nesse processo.
